As Casas da Cidadania de João Pessoa e Campina Grande têm aproximadamente três mil Carteiras de Identidade (RG) acumuladas. Maior parte pertence a pessoas que solicitaram o documento, mas nunca retornaram ao local para pegá-lo, segundo informações do Instituto de Polícia Científica (IPC).
Em geral, as carteiras ficam nas Casas da Cidadania por dois anos, sendo recolhidas e destruídas posteriormente, explicou o chefe do Núcleo de Identificação Civil e Criminal do IPC, Marcus Lacet. “Depois de recolhidas, ainda ficamos dois anos com ela no IPC. Caso ninguém pegue, o documento é destruído, por questões de segurança”. De acordo com o responsável pelo setor no IPC, o órgão mudou a logística para requerimento do documento, devido aos custos gerados pelo acúmulo das identidades. “Muita gente não volta para pegar porque não pa gou o boleto da segunda via do documento. Antes o pagamento era realizado no recebimento da carteira, hoje se paga no momento da solicitação”, disse.
Atualmente, o usuário precisa ir à Casa da Cidadania com os documentos pessoais em mãos: certidão de nascimento ou casamento atualizada, exame com tipo sanguíneo, comprovante de residência com CEP, duas fotos 3x4, além do Boletim de Ocorrência (BO) comunicando a perda ou roubo do documento, quando necessário. Ao chegar no local, ele solicita o boleto e realiza o pagamento em qualquer correspondente bancário.
O tempo de espera do documento é em média 50 dias, explicou Marcus Lacet. “Assumimos que essa espera está alta, mas tivemos alguns problemas nos últimos meses que acabaram dificultando a emissão do documento, como a falta de papel moeda e um problema no sistema de conferência dos dados do primeiro RG com a segunda via. Todos esses problemas já foram resolvidos e nos próximos dias devemos diminuir o tempo de entrega”. Outra dificuldade apontada pelo coordenador do Núcleo de Identificação do IPC está ligada ao valor de R$18,75 cobrado pela emissão do documento, muito abaixo da média nordestina e nacional. Em média são solicitadas cerca de 200 mil identidades por ano na Paraíba, no primeiro semestre foram 83 mil.