24/06/2024 às 07h12min - Atualizada em 24/06/2024 às 07h12min

Obra do Complexo Viário do Jardim Botânico recebe trabalho de concretagem

Os dois viadutos que estão em construção na altura da antiga Esaf vão melhorar a mobilidade e o trânsito de toda a região. Investimento do GDF é de R$ 33,5 milhões

​O complexo vai desafogar o trânsito no Jardim Botânico e também beneficiará moradores de São Sebastião, Lago Sul, Tororó, Café Sem Troco, Jardim ABC e PAD-DF | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

As obras do Complexo Viário do Jardim Botânico, na altura do km 27,2 da DF-001, estão em ritmo acelerado. Por trás dos tapumes, colocados para garantir a segurança da população durante a execução do projeto, estruturas de contenção estão sendo colocadas nas áreas escavadas. Paralelamente a isso, nos pontos mais avançados está sendo feita a projeção do concreto. O investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) na obra é de R$ 33,5 milhões.

Serão dois viadutos e uma trincheira em escavação com 1,5 km de extensão. O complexo ajudará a desafogar o trânsito não apenas do Jardim Botânico, mas beneficiará moradores de diversas regiões como São Sebastião, Lago Sul, Tororó, Café Sem Troco, Jardim ABC e PAD-DF. O método de trincheiras usado no complexo é o mesmo utilizado em outras intervenções viárias do DF, como o Túnel Rei Pelé, e a divisão das vias será semelhante à estrutura atual do Balão do Aeroporto.

No total, serão escavados 7,5 metros, na parte mais profunda da trincheira. Concluída a atual fase, serão implantados os tirantes, que são estruturas que servem para estabilizar e proteger o solo com contenção lateral. Até o momento, já foram executadas 1.400 estacas e escavados 50 mil metros cúbicos de terra da trincheira, o que representa metade da escavação. Após a escavação e os tirantes, é aplicado o concreto projetado.

O mesmo processo será repetido nos 3,5 metros que serão escavados na próxima fase. Para concluir, haverá o tratamento da via, que consiste na terraplanagem. Em seguida, será a vez do asfalto. As etapas finais da obra incluem serviços de drenagem pluvial e sinalização horizontal e vertical, ciclovia, passarela, muro de “terra armada”, urbanização e paisagismo.

Cerca de 50 mil metros cúbicos de terra já foram retirados do local. Essa terra é usada em outras obras executadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) e para a recomposição às margens das rodovias. Cerca de 200 pessoas trabalham direta e indiretamente na obra, 12 horas por dia, de domingo a domingo.

“Com o complexo viário não haverá mais parada, o que fará o trânsito fluir muito melhor porque não haverá mais esse ponto de retenção”

Keila Bento de Oliveira, engenheira civil
A engenheira civil executora da obra do DER-DF, Keila Bento de Oliveira, observa que esta é a região que mais cresce no DF, o que consequentemente intensifica a circulação de veículos. “Antes, havia uma rótula. Com o complexo viário não haverá mais parada, o que fará o trânsito fluir muito melhor porque não haverá mais esse ponto de retenção”, destaca.

Além disso, ela lembra que todos os cuidados com a execução da obra estão sendo tomados, desde a fiscalização do próprio DER-DF até o investimento realizado, com acompanhamento do Tribunal de Contas do DF (TCDF). “A nossa maior preocupação é com a segurança das pessoas.”

O viaduto é construído com três faixas nos dois sentidos, para garantir um tráfego mais organizado e sem interrupções. Quem estiver indo ou voltando da Ponte JK passará por baixo, enquanto aqueles que desejarem ir para o Lago Sul utilizarão a parte de cima. A estrutura acabará com os engarrafamentos constantes no entroncamento da DF-035 (EPCV) com a DF-001 (EPCT).

Os pintores João Barbosa, de 65 anos, e Tadeu Barbosa, de 34 anos, pai e filho, acreditam que o complexo viário vai desafogar o trânsito na região. Moradores de São Sebastião, trabalham no Jardim Botânico.

“Tenho certeza que vai melhorar muito. O movimento de carros é muito grande”, disse João. “Quando estiver pronto, vai ficar tranquilo”, completa o filho Tadeu. O engenheiro de segurança Sérgio Wendell, de 48 anos, morador do Mangueiral, concorda com eles. “Vai melhorar com certeza”, afirma.


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