Mesmo recolhido em um presídio considerado de alta segurança, um traficante continuava comandando a venda de drogas e a execução de rivais em Goiás. A afirmação é da Polícia Civil, que cumpriu, nesta terça-feira (03/9), mandados de prisão contra 11 acusados de integrar uma organização criminosa que estaria agindo, a mando deste preso, em pelo menos três diferentes cidades do estado.
Os agentes da Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc) chegaram aos nomes dos 11 investigados, entre eles o que já está na cadeia, após o assassinato de um traficante, no ano passado, em Aparecida de Goiânia. Pelo que foi apurado, o traficante que mais de um ano cumpre pena no Presídio de Planaltina de Goiás, cidade goiana que fica no Entorno do Distrito Federal, é quem comanda, de dentro da penitenciária, toda uma rede criminosa.
Este traficante, segundo a Denarc, foi quem mandou assassinar um rival no ano passado em Aparecida de Goiânia. Nome da vítima, e detalhes sobre este crime, não foram divulgados, mas, segundo o delegado Hudson Benedetti, responsável pelas investigações, o preso que comanda toda uma rede criminosa só continua agindo, mesmo de dentro da cadeia, graças à ajuda que recebe de um advogado.
“Como o advogado tem prerrogativa para encontrar com seu cliente, este profissional, durante as visitas, levava cartas escritas pelo traficante, com ordens para os comparsas que estão nas ruas. Nesta primeira fase da operação conseguimos prender todos os envolvidos que agem em Aparecida de Goiânia, Mozarlândia, e Aragoiânia, e agora vamos trabalhar para identificar quem é o advogado que atua como leva e traz da organização criminosa”, destacou o delegado.
Durante a operação de hoje, a Polícia Civil prendeu 10 pessoas que são apontadas como gerentes das bocas de fumo comandadas pelo traficante que está preso. Um mandado de prisão também foi expedido contra o investigado que já cumpre pena em Planaltina de Goiás.
Drogas e outros apetrechos usados no tráfico foram apreendidos durante a ação, desencadeada nas três cidades onde age o grupo. Nomes e idades do acusado de comandar a quadrilha, e dos outros 10 investigados, que responderão por tráfico, homicídio, e associação, não foram divulgados.