05/09/2024 às 13h10min - Atualizada em 05/09/2024 às 13h10min

Funcionárias de transportadora em Aparecida vão responder por desvio de R$ 1 milhão

Suspeitas criavam diversas contas em bancos digitais no nome da empresa e do dono dela

Funcionárias de transportadora em Aparecida vão responder por desvio de R$ 1 milhão (Foto: Reprodução - TV Anhanguera)

Duas funcionárias de uma transportadora de Aparecida de Goiânia foram indiciadas por furto qualificado, por abuso de confiança, suspeitas de desviarem mais de R$ 1 milhão de pagamentos de frete de clientes da empresa. O caso foi divulgado nesta segunda-feira (2) pela TV Anhanguera.

Conforme apurado, as suspeitas criavam diversas contas em bancos digitais no nome da empresa e do dono dela. Uma das proprietárias informou que, devido aos prejuízos, precisou reduzir de 12 para três funcionários. “Hoje estou com cinco funcionários, estou ‘pedalando’. Meu faturamento caiu pela metade”, disse, de forma anônima, à reportagem. “Meu marido teve que voltar a ser motorista e carreteiro.”

As suspeitas, identificadas como Adriele Arcanjo Canela e Giselly Maria Pereira Barbosa, utilizaram o dinheiro para luxos. Segundo a investigação, elas compraram produtos como TVs e computadores, mas também um caminhão.

Os proprietários descobriram o crime pelo constante contato de bancos e lojas. Ao todo, foram cinco contas abertas. As funcionárias aproveitaram da miopia da vítima. Elas, que trabalhavam no administrativo da empresa desde 2019 e 2022, respectivamente, mas não tinham acesso ao financeiro, enganavam e pediam que o proprietário liberasse a identificação facial para supostamente atualizarem os aplicativos de captação de fretes.

Ao acessarem as contas, desviavam o dinheiro. Aos clientes, repassavam as agências no nome da empresa ou do proprietário, que elas tinham controle. Contudo, conforme a investigação, deixaram vestígios ao colocarem o endereço de entrega do cartão físico na casa de uma delas. Ambas confessaram, conforme a polícia.

O crime ocorreu no fim de 2023, mas somente neste ano houve autorização para quebra de sigilo das suspeitas. A autoridade policial pediu pela prisão preventiva das mulheres, mas a Justiça negou. A defesa de Adriele disse que as provas irão provar a inocência da acusada. O Mais Goiás tenta conseguir o contato do advogado de Giselly. O espaço segue aberto.


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