Tema recorrente de pronunciamentos no plenário da Câmara Legislativa, a saúde pública do Distrito Federal voltou a receber críticas durante a sessão desta terça-feira (1º). O assunto foi levantado pelo presidente da CPI da Saúde, deputado Wellington Luiz (PMDB), que esteve ontem (31) no Hospital de Base. "O que se viu é caso de polícia", disse ao relatar ter encontrado um tomógrafo que estaria desaparecido em sala sem acesso aos servidores, no próprio hospital.
O distrital fez questão de elogiar a atuação dos trabalhadores do setor: "As pessoas muitas vezes não têm noção de como esses heróis e heroínas trabalham". A deputada Celina Leão (PPS) destacou também a falta de pessoal, de insumos e de remédios e frisou a importância da CPI para investigar o problema.
Outros deputados apontaram ainda o quadro de outros hospitais públicos do DF. "Acho que o Hospital do Gama se assemelha à situação na Síria. Falta tudo. E estão perseguindo os servidores", afirmou Chico Vigilante (PT).
Já o deputado Bispo Renato Andrade (PR) resumiu o que viu no Hospital de Taguatinga: "É uma situação caótica". Ele lamentou o estado da saúde no DF em face dos recursos do Orçamento e do Fundo Constitucional, sobre o que o deputado Rafael Prudente (PMDB) comentou: "Não falta recurso, falta gestão".
Na opinião dos deputados Chico Vigilante e Wellington Luiz, o sucateamento do setor seria uma justificativa para entregar a gestão dos hospitais para organizações sociais (OS). "Toda essa desgraça é para contratar OS", afirmou Vigilante. E o colega completou: "É um sucateamento premeditado".