22/08/2017 às 07h23min - Atualizada em 22/08/2017 às 07h23min

Na Papuda. Dois projetos milionários estão abandonados

Os problemas, que datam do início do mandato de Rodrigo Rollemberg (PSB), se mantêm até hoje.

No depósito do Complexo Penitenciário da Papuda estão parados desde 2013 equipamentos para a instalação de uma fábrica de colchões e uma de pães na unidade. O projeto foi criado no governo de Agnelo Queiroz (PT) e tinha como objetivo gerar emprego aos detentos e economia ao GDF, que ao invés de comprar os materiais para o sistema carcerário, poderia produzir por conta própria. O plano, no entanto, não foi executado no governo petista e até hoje não tem prazo para sair do papel.

 

A falta dos postos de trabalho foi um dos destaques de auditoria da Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF) divulgada na última semana. O relatório apurou as atividades da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (FUNAP) no ano de 2015. 

 

A fábrica de pães foi anunciada em 2014 com a previsão de empregar 40 internos e produzir cerca de 80 mil pães por dia. O maquinário da obra custou R$ 2 milhões aos cofres do DF. O alimento seria distribuído no presídio e também a programas sociais do governo.

 

Segundo a Funap, a instalação da fábrica está em andamento, mas ainda sem prazo para inauguração. Um dos maiores impactos na economia encontrado pela auditoria da CGDF viria da fábrica de colchões. O projeto previa produção de no mínimo 500 unidades por dia. Enquanto isso, o sistema carcerário do DF tem demanda de 27 mil colchões por ano.

 

Os colchões seriam usados também para abastecer hospitais da rede pública. No mesmo ano em que comprou os equipamentos para a oficina, o governo adquiriu 40 colchões por R$ 141 cada. Considerando o mesmo preço, para repor a demanda anual o DF gastaria mais de R$ 3 milhões. Na fábrica, a CGDF identificou uma dívida no valor de R$ 169 mil da máquina de espumação.


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