A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu duas pessoas durante a operação Histórico Express, que investiga um esquema de venda e uso de históricos escolares falsos para aproveitamento irregular de disciplinas em faculdades de Direito em Anápolis. A ação foi deflagrada nesta manhã de quarta-feira (21) e cumpriu dez mandados judiciais (além das prisões preventivas, quatro buscas e apreensões e outras medidas cautelares).
Segundo o Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic), à Rádio São Francisco, os presos foram um ex-coordenador do curso de Direito e professor universitário, e um aluno do 9º período de outra instituição. O delegado Luiz Carlos Cruz revelou que o caso começou quando uma faculdade relatou às autoridades a suspeita de estudantes utilizarem documentos forjados para validar disciplinas.
“Com uma simples mensagem no WhatsApp, o interessado conseguia comprar um histórico falso e eliminar até quatro períodos do curso de direito”, disse. O valor cobrado por disciplinas já “cursadas” em outras instituições era de aproximadamente R$ 2,5 mil. A ideia seria reduzir o curso de Direito de cinco anos (dez períodos) para três anos.
A polícia seguirá com as investigações até a completa elucidação dos fatos e a responsabilização criminal de todos os envolvidos – quem captava, vendia, comprava e até para saber se alguma instituição sabia do esquema. Conforme apurado, o esquema acontecia há mais de um ano. A PCGO informou que foram apreendidos “diversos documentos e aparelhos eletrônicos de interesse das investigações”.