Existe certo tipo de aprendiz de departamento parecendo que o simples fato de assumir uma função na igreja já lhe confere um título de autoridade celestial. A humildade, que deveria ser marca do verdadeiro servo de Deus, dá lugar à arrogância e ao desejo de ser vista. Tipo de pessoa com essa característica não quer mais servir, mas ser servida; não quer mais aprender a tratar os demais com equidade, mas apenas o que faz para aparecer.
Gente assim é o famoso (a) "crente em cargo", que só fala com quem tem cargo, trata os demais com indiferença, se julga superior aos irmãos e irmãs, andando de nariz empinado e com um ar de quem já está sentada à direita de Deus.
Basta uma oportunidade para ir na frente ou liderar algo, e já se transforma em uma espécie de “ungida imbatível”, pronta a dar uma de sabe-tudo e julgar os demais com base em sua própria vaidade espiritual. Esquece que o verdadeiro líder serve, abaixa-se, escuta, e não se exalta. Mas, de onde veio tipo assim que, não pode subir nem numa gilete que já quer dar discurso?
Enquanto os demais membros da igreja se espantam em ver gente com tanto orgulho e falta de sabedoria, pessoa com essa característica se enxerga como a estrela da congregação e do culto. Vive numa bolha de autoglorificação, achando que tudo gira ao redor de sua “importância” ou condição de aprendiz de líder. O problema é que quanto mais uma figura desta se eleva, menos consegue ver o que está realmente acontecendo à sua volta: pessoas sendo afastadas, feridas e desanimadas pelo seu comportamento anticristão. E, mesmo assim, se acham o máximo.
Máximo em quê, afinal? Só se for em meninice espiritual. Porque maturidade mesmo, passa longe. A Bíblia nos ensina que “aquele que se humilhar será exaltado”, mas crente bossal prefere ser exaltado (a) pelos homens, ainda que isso custe sua comunhão com os irmãos. O cargo não define caráter, e a verdadeira grandeza no Reino de Deus está em servir, não em mandar. Que o Senhor nos livre de sermos assim.
Até porque, quem assim se comporta, com certeza já vem de uma outra congregação sem perdão, por mais se importar com a vida dos outros do que em ser verdadeiro cristão.
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