Após derrota do governo, Motta diz que derrubada de IOF foi ‘construção suprapartidária’

Câmara e Senado aprovaram projeto de decreto legislativo na noite desta quarta

27/06/2025 07h38 - Atualizado há 12 horas
Após derrota do governo, Motta diz que derrubada de IOF foi ‘construção suprapartidária’
Hugo Motta em sessão plenária no projeto que cancela decreto do governo que elevou o IOF — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que a derrubada por ampla maioria do decreto presidencial que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi uma “construção suprapartidária”.

— Essa construção se deu de forma suprapartidária e com maioria expressiva, a Câmara e o Senado resolveram derrubar esse decreto do governo para editar aumento de impostos — diz o deputado federal em vídeo publicado nas redes nesta quinta-feira.

O projeto de decreto legislativo que anula o aumento foi aprovado por 383 votos a favor e 98 contra entre os deputados nesta quarta. O texto passou na Câmara e no Senado na mesma noite.

No Senado, a votação foi simbólica, sem marcação de posição. A proposta foi pautada no fim da noite de ontem pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a votação pegou o presidente Lula e até líderes do Congresso de surpresa.

O Ministério da Fazenda calcula uma arrecadação de R$ 10 bilhões com a proposta

O projeto de decreto legislativo não vai à sanção do presidente e é promulgado após a aprovação das duas Casas do Congresso.

A derrubada de um decreto é uma medida rara no Congresso: a Câmara aprovou menos de 1% dos projetos de decreto legislativo apresentados na Casa desde 1989 tendo como objetivo suspender atos do presidente da República. O Congresso pode derrubar atos como decretos e portarias do governo — o que precisa ser aprovado por Câmara e Senado.

— Não pode o Congresso destruir o programa eleito nas urnas. Não queremos cortar recursos para valer o acabou, não queremos tirar dinheiro do Minha Casa Minha Vida, do Bolsa Família — disse o líder o governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).


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