O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) indicou nesta segunda-feira, 29, que deixará à escolha do juiz Sérgio Moro a possibilidade de escolher entre dois cargos, a de ministro da Justiça e o de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Moro se tornou um símbolo no Brasil. Poderia ser ministro da Justiça ou, abrindo uma vaga no STF, (escolher) a que achar que melhor poderia contribuir para o Brasil”, afirmou o presidente eleito em entrevista concedida ao vivo no Jornal Nacional.
Bolsonaro afirmou ainda que, passadas as eleições, é chegada a hora de o Brasil “conviver com a verdade” e reiterou que pretende governar para todos os brasileiros. “A Constituição tem que ser a nossa bíblia”, pregou.
O presidente eleito também defendeu a liberdade de imprensa, mas voltou a criticar o jornal Folha de S.Paulo, acusando-o de espalhar fake news contra sua candidatura. Ele corrigiu declaração anterior na qual disse que a publicação merecia “acabar”. “Não quero que acabe, mas se continuar a se comportar desse jeito não terá apoio do governo federal.”Confrontado por suas declarações homofóbicas, o parlamentar disse que toda agressão deve ser punida e disse que em casos contra gays, a pena tem que ser agravada.
Já à TV Record, em outra entrevista, Bolsonaro defendeu a flexibilização da legislação relativa à posse de armas. Ele disse que a “arma de fogo garante a liberdade de um povo”.
“Queremos dar o porte definitivo à população. Não podemos criar mais um encargo para quem quer ter arma dentro de casa para defender sua família”, afirmou, argumentando que dois terços da população decidiu ter o direito de comprar armas e munições em referendo popular de 2005. “Então temos que respeitar a vontade popular”, complementou.
Durante a entrevista, Bolsonaro ainda defendeu a venda de estatais “no que não for função do Estado” e disse que muitas empresas do governo não dão resultado positivo porque são ocupadas por indicados políticos.