O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa, disse ao jornal O Globo, nessa quarta-feira (31/10), que o serviço de inteligência do país descobriu indícios de um plano, que qualificou como “terrorista”, contra o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O general fez o comentário em resposta a rumores que começaram a circular em Brasília nos últimos dias sobre o assunto.
“A informação de que foi plotado um planejamento de um ato terrorista contra o presidente (Bolsonaro) é verdade. Isso já foi confirmado por autoridades da área de inteligência”, disse o general.
Heleno não disse, no entanto, quem poderia ter sido o autor do plano e nem quais as providências tomadas em relação ao caso.
No início da semana, a Polícia Federal ampliou de 35 para 55 o número de agentes para reforçar a segurança do presidente eleito. A polícia negou que a medida esteja relacionada a eventual aumento de risco contra Bolsonaro.
A explicação é que o reforço na segurança já estava previsto desde a primeira fase da campanha. O sistema de proteção seria ampliado mesmo se o vencedor tivesse sido o candidato Fernando Haddad.
Sem ameaças concretas
As informações sobre o suposto plano de ataque contra Bolsonaro foram discutidas em reuniões na Polícia Federal e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Uma destas reuniões aconteceu nesta quinta-feira. Os analistas entenderam que os dados disponíveis não indicam ameaças concretas.
Todo o cuidado com a segurança do presidente eleito será tomado até a cerimônia de posse, no dia 1º de janeiro de 2019. Especialmente por causa do atentado sofrido por ele durante a campanha. Por isso ainda há dúvidas sobre a definição se o deslocamento do presidente eleito e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, será no Rolls Royce, da década de 1950, utilizado por vários presidentes.