17/12/2018 às 16h17min - Atualizada em 17/12/2018 às 16h17min
Diplomação do Distrital Fábio Felix (PSOL) será marcada por pedido de justiça a Marielle Franco e de proteção à vida dos integrantes do Partido
Plano de execução de Marcelo Freixo, deputado federal eleito pelo PSOL, preocupa a sigla que já perdeu a vereadora Marielle, assassinada há nove meses
Assessoria Fábio Felix
Foto: CB Poder
Na próxima terça-feira (18), os deputados Distritais eleitos para mandato na Câmara Legislativa do DF (CLDF) serão diplomados. A Diplomação é o ato pelo qual a Justiça Eleitoral atesta quem são, efetivamente, os eleitos e os suplentes. Trata-se de ato obrigatório para a posse e para o exercício das atividades parlamentares. Fábio Felix, primeiro Distrital eleito pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), vai utilizar o ato de Diplomação para pedir justiça a Marielle Franco, além de proteção aos integrantes da sigla, que estão preocupados com as ameaças recentes ao deputado Federal Marcelo Freixo. “Há nove meses a pergunta ‘quem matou Marielle?’ não para de ecoar. Há menos de um ano do brutal crime, nos vemos novamente ameaçados. Exigimos respostas e exigimos justiça!”, afirmou Felix.
Além de deputado Distrital eleito, Fábio Felix é presidente do PSOL-DF. O parlamentar alega que exigir justiça para a execução de Marielle significa defender a Democracia e os direitos constitucionais, um dos principais deveres de um deputado. ”A Marielle lutava contra a desigualdade e contra qualquer forma de opressão. O reparo das injustiças foi a grande bandeira de vida e de luta dela. Não podemos permitir que uma representante do povo, eleita de forma legítima, seja assassinada por defender os direitos humanos, LGBTs, das mulheres, do povo negro e periférico. A Constituição garante os direitos que a Marielle defendia e que nós do PSOL continuaremos defendendo”.
Na semana passada, às vésperas do nono mês dos assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro e de seu motorista, Anderson Gomes, o Partido Socialismo e Liberdade se viu, mais uma vez, obrigado a tornar público o repúdio à violência e a recorrer à justiça para a proteção de seus integrantes. O deputado Federal eleito Marcelo Freixo se tornou vítima de um plano de execução descoberto pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Em nota, o PSOL classificou a tentativa de “planejada barbárie que vulnerabiliza a nossa já frágil Democracia”. Conforme detalhes das investigações, o crime seria praticado durante agenda de Freixo no fim de semana.
“É inaceitável que o livre exercício do mandato seja atingido dessa maneira. A bancada do PSOL exige proteção a Marcelo Freixo e cobra resultados da investigação dos assassinatos de Marielle e Anderson. Minha diplomação será um grande ato de pedido de justiça e de respeito à vontade do povo, que elegeu o Freixo. Também pedirei a proteção de todas as pessoas que, assim como eu, têm sua segurança ameaçada pela violência fruto da intolerância”, ressaltou o primeiro distrital gay eleito para uma cadeira na CLDF.
Felix destaca que por protagonizar a defesa da Democracia e da diversidade, o PSOL se vê no centro das ameaças de violência e de perseguição política a seus integrantes. O parlamentar afirma que o Partido não recuará na defesa das pautas progressistas e que recorrerá a todas as instâncias necessárias para garantir a liberdade e a vida de seus membros, sobretudo aqueles que foram escolhidos para representar o povo em cargos eletivos. Fábio Felix classifica, ainda, a execução de Marielle e o plano para o assassinato de Freixo como “graves atentados contra o Estado Democrático de Direito que merecem o repúdio de toda a sociedade e o empenho de todos os mandatos distritais e federais na luta contra a barbárie”.