08/02/2017 às 19h34min - Atualizada em 08/02/2017 às 19h34min

Advogado do DF é preso em flagrante ao entrar com droga na Papuda

Objetivo era repassar material para detento que traficaria internamente, diz polícia. Agentes desconfiaram de volume no bolso; advogados não passam por revista

G 1

Um advogado de Brasília foi preso em flagrante ao entrar com drogas no Complexo da Papuda na tarde de terça-feira (7). Por atuar na defesa de detentos, não precisa passar por revista, só por detector de metais. Os agentes só notaram que ele portava o material ao perceberem que ele continuava com um “volume grande no bolso traseiro da calça” mesmo depois de tirar todos os objetos na hora de atravessar o detector.


De acordo com o boletim de ocorrência, os agentes esperaram ele entrar na sala em que se encontraria com o cliente. Segundo as denúncias, ele “saiu da sala e ficou olhando para os lados e, quando viu que não tinha ninguém por perto, se aproximou da sala ao lado, retirou os tabletes de substâncias entorpecentes do bolso e jogou por cima da parede para dentro da sala”.


Eram quatro tabletes de droga, enrolados por papel filme e envoltos em papel higiênico. O material foi encaminhado para perícia. A polícia não informou o tipo de droga apreendida e confirmou que o advogado permanecia preso até as 8h30 desta quarta (8).


O caso é investigado pela 6ª DP (Paranoá), com o acompanhamento de um procurador da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


No CDP
O advogado foi detido no Centro de Detenção Provisória (CDP), uma das cinco unidades de presídios distritais que compõem o Complexo da Papuda. Ele é destinado ao recebimento de presos provisórios, sendo o presídio de entrada e classificação para os demais estabelecimentos do sistema penitenciário.


Na unidade também está a ala de ex-policiais e a ala voltada aos presos provisórios com celas destinadas a presos que aguardam possível extradição.


No local, estão presos o senador cassado Luiz Estevão e o doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, por exemplo. Os diretores do local foram exonerados na semana passada após denúncia de regalias a um grupo de 11 detentos.


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