05/05/2019 às 07h14min - Atualizada em 05/05/2019 às 07h14min

Após morte de Joaquim Roriz, filhas brigam pela herança na Justiça

Herdeiras do ex-governador não se falam e apelaram ao Judiciário em busca da partilha da Fazenda Palma, localizada em Luziânia (GO)

Passado o luto pela morte de Joaquim Roriz e com o fim do prestígio político do clã, as três principais herdeiras deixaram para trás a imagem de família unida e protagonizam um verdadeiro barraco sobre como será dividido o espólio do ex-governador, calculado em aproximadamente R$ 300 milhões.

Pela falta de liquidez dos bens – 95% estão investidos na Agropecuária Palma –, as irmãs Weslliane, 58 anos, Maria Roriz Neuls, Jaqueline Maria Roriz, 56, e Liliane Maria Roriz, 53, entraram em verdadeiro pé de guerra familiar em busca da partilha dos bens, o que envolve desentendimentos, brigas e até processos judiciais.

Além da fazenda, o espólio do ex-governador envolve lotes no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), lojas no Plano Piloto, a conhecida mansão da família no Park Way e terrenos na área do Confinamento, em Luziânia (GO).

As diferenças entre as filhas do ex-governador se escancararam a partir do fim de setembro de 2018, quando Joaquim Roriz perdeu a luta contra várias doenças, entre as quais um problema renal crônico e a diabetes. Fundador da Agropecuária Palma, fabricante e distribuidora de leite e derivados, Roriz construiu, além da vida pública, um patrimônio invejado pelos fazendeiros vizinhos de suas terras, em Luziânia (GO).

Com 14,5 hectares (maior que o próprio município onde está localizada), a Palma chegou ao seu ápice durante as gestões de Roriz à frente do Governo do Distrito Federal. Contudo, após deixar a vida pública e com vários problemas de saúde, o ex-governador se afastou da administração direta dos negócios e nomeou a primogênita, Weslliane, como gestora da agropecuária. O patriarca sempre a considerou como a mais moderada das três.