Estima-se que a organização seja responsável por, ao menos, 30 assassinatos consumados ou tentados entre 2013 e 2019 no DF, a maior parte no contexto de guerra com outras organizações. Os processos correm em segredo de Justiça.
As ações penais são decorrência do esforço conjunto do MPDFT e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para a responsabilização do grupo criminoso, com forte atuação no tráfico de drogas e em roubos, rufianismo e homicídios.
“Trata-se de organização criminosa em franco crescimento no Distrito Federal. A Operação Rosário representa um duro golpe na sua capacidade de articulação. Espera-se que a prisão dos principais líderes e executores dê segurança às cidades de sua atuação e, especialmente, estimule as testemunhas dos crimes a comparecer perante a Justiça, colaborando para que os culpados sejam efetivamente punidos”, reforçam os promotores de Justiça da força-tarefa.
As duas primeiras fases da Operação Rosário ocorreram em maio e julho de 2019. Foram presos dois dos líderes da organização. Flávio Conceição Matias, o Doidinho, estava foragido da Justiça havia 11 anos e foi capturado na Cidade Ocidental (GO).
Gutemberg da Silva Borges, o Guga, foi preso em Imperatriz (MA) com o auxílio da Polícia Civil maranhense. A terceira fase foi deflagrada em 13 de agosto, quando foram cumpridos 46 mandados de prisão e apreendidos 19 veículos, cerca de 60 kg de maconha, três armas e R$ 20 mil.
O CDC tenta implementar métodos de disciplina e códigos de conduta. Um exemplo constatado pela PCDF foi a criação de um “tribunal do crime”, que consiste no julgamento de integrantes que descumpriram as regras impostas pelas lideranças.
Enquanto o PCC predomina nas regiões administrativas de Planaltina, São Sebastião, Paranoá, Ceilândia e Samambaia, o Comboio do Cão age no Gama, Santa Maria, Recanto das Emas e Riacho Fundo. (Com informações do MPDFT).