Na tarde da última quinta-feira (05/09/2019), a adolescente fez o reconhecimento facial de Marinésio nas dependências do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Para os investigadores, não há dúvidas de que a menina foi vítima do maníaco.
Em depoimento, a garota afirmou ter sido estuprada pelo homem em abril deste ano. “Peguei o ônibus para ir ao Itapuã. Quando desci na parada, ele passou. Ficou me olhando e me abordou com uma faca. Disse que se eu não entrasse no carro ele ia me matar. Me levou para a região dos pinheiros e me estuprou. Depois, pegou meu pescoço, me jogou para fora e disse que eu era um lixo”, contou a jovem.
Segundo a lei, para serem consideradas feminicídio ou tentativa de feminicídio, as situações devem envolver violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher, como no caso da adolescente, que foi chamada de “lixo” pelo cozinheiro.
Há, entretanto, lacunas a serem preenchidas no caso. A jovem esteve na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) para reconhecer o carro que o cozinheiro teria usado para abordá-la. Na ocasião, identificou o Pálio Weekend vermelho, supostamente usado por Marinésio. A versão contada pela adolescente, entretanto, não bate com as informações prestadas pelo atual dono do automóvel, que assegura estar com o veículo há quase dois anos. O carro pertenceu ao irmão de Marinésio.
Além do reconhecimento, o veículo passou por perícia e teve material genético e impressões digitais colhidas pelos peritos do IC, da mesma forma que ocorreu com a Blazer usada por Marinésio nos dias em que matou Letícia e Genir. O maníaco nega que tenha atacado outras mulheres.