12/09/2019 às 06h25min - Atualizada em 12/09/2019 às 06h25min

Coaf vê movimentações atípicas de R$ 2,5 mi de David Miranda, diz jornal

Relatório foi enviado ao Ministério Público do Rio dois dias depois do início das reportagens que ficaram conhecidas como Vaza Jato

TÁCIO LORRAN
METRÓPOLES
Relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado ao Ministério Público do Rio de Janeiro aponta que o deputado federal David Miranda (PSol-RJ) fez “movimentações atípicas” no valor de R$ 2,5 milhões na conta bancária entre 2 de abril de 2018 e 28 de março de 2019. As informações são de O Globo.
 

O documento foi enviado dois dias depois de o The Intercept Brasil começar a divulgar supostas mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato, como Deltan Dallagnol, e o ex-juiz federal Sergio Moro. Os diálogos sustentam uma série de reportagens que ficou conhecida como Vaza Jato. David Miranda é casado com o jornalista Glenn Greenwald, cofundador e colunista do site.

A partir do documento, o MP do Rio abriu uma investigação para apurar as movimentações feitas por Miranda. A 16ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro barrou, nessa terça-feira (10/09/2019), a tentativa do órgão de quebrar o sigilo fiscal e bancário do deputado. Em despacho, o juiz pede que Miranda e outras quatro pessoas sejam ouvidos antes.

Procurado pela reportagem, Miranda afirmou, por meio da assessoria, que o cargo de deputado não é a única fonte de renda e, portanto, “as movimentações são compatíveis com sua renda familiar”. O parlamentar recebe R$ 33,7 mil de salário, de acordo com informações da Câmara.

Miranda afirmou que depósitos fracionados detectados pelo Coaf vêm de uma empresa de turismo da qual é sócio com Glenn Greenwald. O deputado, porém, não informou os serviços prestados pela companhia e disse que os demais esclarecimentos serão prestados no Judiciário.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »