Quarta-feira, 12/11/25

Tilápia e camarão podem deixar de ser vendidos no Brasil? Governo Federal confirma medida

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Peixe muito consumido por brasileiros é uma “bomba tóxica”, revelam especialistas

 Uma polêmica se desenrola no Brasil, centrada na tilápia, principal peixe cultivado e consumido no país. A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) avalia incluir a tilápia na Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. A decisão será votada em 8 de novembro, e já provoca debates acalorados entre produtores e ambientalistas.

A inclusão da tilápia como espécie invasora apresenta possíveis consequências negativas para a biodiversidade nacional. Originária da África, a tilápia é cultivada sob autorização do Ibama e representa cerca de 68% da produção de peixes cultivados no Brasil.

De acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ao Globo Rural, a proposta amplia a lista de espécies classificadas como invasoras, incluindo não apenas a tilápia, mas também o eucalipto, o pinus, o camarão-vannamei e todas as variedades de braquiária utilizadas em pastagens.

Espécie invasora ou pilar econômico?

O setor produtivo manifesta preocupação com a proposta. A tilápia, além de dominar a piscicultura nacional, sustenta economias locais, principalmente no Paraná e em São Paulo. A produção envolve uma cadeia que abrange fábricas de ração, frigoríficos e exportações, operando sob condições controladas.

Alguns questionam a justificação para classificá-la como invasora.

Entrelaçando questões econômicas e ambientais, está o desafio de equilibrar preservação ecológica e produção de alimentos. Críticos alertam para potenciais impactos socioeconômicos de eventuais restrições, como aumento do desemprego e risco à segurança alimentar.

Biodiversidade

A proposta da Conabio tem como foco proteger a biodiversidade. A tilápia, em ambientes inadequados, pode competir por alimento e habitat com espécies nativas, ameaçando os ecossistemas.

O Ministério do Meio Ambiente, no entanto, afirma não haver planos de banir o cultivo, mas recomenda medidas preventivas para evitar invasões biológicas.

Essas medidas visam evitar danos ecológicos, mantendo o cultivo sem interrupção imediata. O objetivo é prevenir impactos ambientais sem prejudicar a economia do setor.

Correio de Santa Maria, com informações Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio)

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