Dois jovens que segundo a Polícia Civil são integrantes de uma torcida organizada do Goiás Esporte Clube foram presos esta semana suspeitos de terem atirado em dois rivais no último dia 1º de junho em uma praça no Setor Negrão de Lima, em Goiânia. De acordo com as investigações, vítimas e autores são conhecidos desde a infância, estudaram juntos na adolescência, mas, por torcerem para times diferentes, sempre brigaram.
A tentativa de duplo homicídio aconteceu em uma praça que, segundo o delegado Samuel Moura, titular do Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), estava repleta de pessoas. “Estes dois jovens que agora estão presos passavam pelo local quando viram os torcedores de outro time, que já conheciam, e, então, foram em casa, buscaram um revólver, retornaram em uma moto, e efetuaram quatro disparos, que por sorte não atingiram outras pessoas que também estavam na praça”, descreveu.
Os homens que eram alvos dos atiradores foram baleados, um deles no braço, o outro de raspão, na perna. Uma das vítimas precisou passar por cirurgia, mas foi liberado dois dias depois. Durante o cumprimento dos mandados de prisão, e de busca e apreensão, os agentes do GEPROT, da Deic encontraram a arma usada na tentativa de duplo homicídio, e a motocicleta que eles usaram para chegar, e fugir do local.
Com a apreensão dos celulares dos dois suspeitos, a polícia pretende descobrir agora quem emprestou a arma que eles usaram para acertar os rivais. Quando identificada, esta pessoa também será indiciada por dupla tentativa de homicídio.
Durante depoimento, um dos presos, que confessou ter sido o autor dos disparos, afirmou que pegou o revólver emprestado com um conhecido, mas se negou a dizer quem é esta pessoa. Apesar de não ter informado os nomes, nem as idades dos dois presos, a Polícia Civil divulgou as imagens deles à imprensa, já que acredita que ambos possam estar envolvidos em outros delitos.
De acordo com a PC, “a divulgação da identificação dos presos foi procedida nos termos da Lei 1.869/2019, portaria n° 547/2021 – PC, e despacho da autoridade policial responsável pelas investigações, justificadas na possibilidade real de identificação de novas vítimas”.