25/09/2023 às 05h21min - Atualizada em 25/09/2023 às 05h21min

Goiânia registra o 4º caso de raiva em morcego em 2023; SMS alerta para a vacinação de cães e gatos

Animal da espécie Artibeus lituratus foi encontrado no Setor Parque Tremendão; Vigilância em Zoonoses ressalta a importância da vacinação contra a raiva

A cidade de Goiânia registrou o quarto caso de raiva em morcego em 2023.

A cidade de Goiânia registrou o quarto caso de raiva em morcego em 2023. O animal, identificado como sendo da espécie Artibeus lituratus, foi recolhido no Setor Parque Tremendão, em 11 de setembro, na Região Noroeste da Capital. A informação, no entanto, só foi divulgada nesta semana.

O diretor de Vigilância em Zoonoses, Murilo Reis, enfatiza que esse caso deve servir como alerta. “Há um risco de contaminação humana por animais infectados. Os morcegos em Goiânia são frugívoros e insetívoros, o que significa que não se alimentam de sangue, mas podem morder uma pessoa, cães ou gatos caso se sintam ameaçados”, explica.

Murilo destaca também a importância da vacinação antirrábica. “Os cães e gatos, quando vacinados, ficam protegidos contra a raiva. Estamos atualmente em plena campanha de vacinação, e é fundamental que esses animais sejam imunizados. Neste sábado (23), as vacinas estarão disponíveis em 105 postos das regiões Norte e Noroeste”, conclui.

Ele também esclarece que cães e gatos que tiverem contato com morcegos devem ser notificados à Diretoria de Vigilância em Zoonoses. “Essa notificação é fundamental para que esses animais possam ser vacinados contra a raiva e monitorados por 180 dias, conforme recomendado pela Nota técnica nº 19/2012/MS”, ressalta.

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, incluindo seres humanos, caracterizando-se como uma encefalite progressiva e aguda, com uma letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae. A transmissão ao ser humano ocorre pela saliva de animais infectados, principalmente através de mordeduras, podendo também ocorrer por arranhaduras e/ou lambidas desses animais.

O município de Goiânia já registrou outros casos de raiva em morcegos neste ano. Em 14 de abril, um morcego da espécie insetívora Nyctinomops aurispinosus foi diagnosticado no Setor Negrão de Lima. Em 10 de abril, foi diagnosticado para raiva um morcego da espécie frugívora Artibeus lituratus, e no mês de março, outro morcego de hábito alimentar insetívoro (Nyctinomops laticautadus) no Setor Leste Universitário.

No ano de 2022, foram registrados um caso de raiva em morcego frugívoro (Artibeus lituratus) na região Noroeste, e dois casos de raiva em felinos (regiões Norte e Noroeste).
 
Orientações à população:
•             Em casos de acidentes com animais domésticos, silvestres e principalmente morcegos, procurar uma unidade de Saúde o mais breve possível para avaliação da profilaxia de raiva adequada para o caso.
•             Ao se deparar com um morcego morto, caído ou encontrado em horário e local não habitual, como pousado em local claro durante o dia, entrar em contato com a Vigilância em Zoonoses para que seja feito o recolhimento do animal, pelos telefones (62) 3524- 3131 e 3524-3124, em horário comercial, e (62) 3524-3130 no período noturno, finais de semana e feriados.
•             Evitar contato físico com o morcego para minimizar o risco de acidente, isolando-o com panos, caixas de papel ou balde, ou mantê-lo em ambiente fechado para aguardar a captura por pessoas capacitadas.
•             Informar à Diretoria de Vigilância em Zoonoses se cães e/ou gatos da residência/local de trabalho tiverem contato com morcegos.
•             Manter cães e gatos (maiores de 3 meses) com a vacinação antirrábica em dia (uma vez ao ano), seja na campanha de vacinação ou nos postos permanentes disponíveis durante todo o ano (Sede da Diretoria de Vigilância em Zoonoses e Hospital Veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia/UFG).
•             Os morcegos são animais de extrema importância para a natureza. Portanto, quando voando livremente no período noturno, não são considerados animais suspeitos. Nessas condições, não oferecem risco, desde que não sejam manipulados.


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