09/12/2024 às 06h27min - Atualizada em 09/12/2024 às 06h27min

Médicos da rede pública de Goiânia param por três dias: ‘estamos todos adoecidos’

Médicos cobram reposição de estoques de medicamentos, insumos, mais segurança para trabalhar e pagamento dos descontos de INSS

​Médicos de Goiânia cruzam braços por três dias (Foto: Divulgação)

A partir desta segunda-feira (9), médicos que atuam na rede de saúde pública de Saúde de Goiânia realizam uma paralisação de três dias. O principal foco de insatisfação é a falta de condições para prestar atendimento aos pacientes.

“É uma paralisação de advertência de três dias pela incondição de atuar na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Estão faltando todos os tipos de medicamentos, insumos, quase impossível prestar assistência a qualquer paciente nessa secretaria”, afirma Franscine Leão, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás.

Franscine também chama atenção para falta de segurança a que estão expostos os profissionais de saúde, citando como exemplo a prisão de um maqueiro e de uma enfermeira na Maternidade Célia Câmara, na sexta-feira (6).

“A gente viu na sexta-feira a violência que os profissionais vêm sofrendo constantemente, não só pela população, como também pelos órgãos gestores. A gente gostaria muito de poder contar com segurança para prestar atendimento, sem adoecimento mental. Porque hoje estamos todos adoecidos”, afirma.

O Simego foi informado, pelo Ministério Público, de que teria havido uma compra emergencial e que os estoques seriam repostos neste domingo ou amanhã, segunda-feira (8). “Veremos. Hoje teremos uma assembleia e na segunda teremos uma nova assembleia. Será assim durante todo o movimento. Todos os dias teremos uma assembleia para atrelar os dados, aproximar a categoria e trazer convergências para o movimento”, complementa a presidente do sindicato.

Direitos trabalhistas dos médicos

Outro ponto importante da pauta dos médicos é a inadimplência da prefeitura no pagamento do INSS desses profissionais. O dinheiro é descontado mês a mês da folha salarial, segundo Franscine, não tem sido repassado para previdência.

“Os médicos estão trabalhando e, se sofrerem um acidente de trabalho, eles não têm direito nem a afastamento de suas atividades porque o INSS não está em dia”, afirma.

O Simego permanecerá em assembleia permanente, com reuniões diárias e online, até que se dê encaminhamento para os pontos da pauta colocada pela categoria.


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