Alvo da PF, Marconi Perillo cita Caiado e fala em “operação encomendada”

Vale lembrar que a Polícia Federal está debaixo do guarda-chuva do Governo Federal e Caiado, em tese, não teria gerência sob a corporação

07/02/2025 07h22 - Atualizado há 3 dias
Alvo da PF, Marconi Perillo cita Caiado e fala em “operação encomendada”
Marconi Perillo promete liderar oposição a Caiado (Foto: Divulgação)

Após ser alvo da Operação Panaceia, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar supostos desvios de recursos na saúde entre 2012 e 2018, o ex-governador de Goiás e atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, se manifestou no final da manhã desta quinta-feira (6) e classificou a ação como “operação encomendada“. Ele atribuiu a ofensiva à atual gestão estadual, liderada pelo governador Ronaldo Caiado (UB), alegando ‘perseguição política’.

“Mesmo esperando uma reação aos meus vídeos de denúncias por parte do grupo comandado por Caiado e que hoje domina Goiás e suas instituições, não imaginava que eles, mais uma vez, ousassem usar o poder do Estado para me perseguir, constranger e tentar calar”, declarou Marconi em nota oficial. Vale lembrar que a Polícia Federal está debaixo do guarda-chuva do Governo Federal e Caiado, em tese, não teria gerência sob a corporação.

O tucano afirmou que já foi alvo de outras operações no passado, as quais classificou como “armações”, e disse que nenhuma investigação encontrou provas contra ele. “Eles sabem da minha inocência e idoneidade. Não encontraram e não encontrarão nada contra mim. Nunca fiz o que narram. Só se fabricarem”, enfatizou.

Marconi Perillo também questionou o timing da operação, alegando que o inquérito investiga fatos ocorridos há mais de uma década e que a investigação só avançou após ele ter denunciado o governo estadual. “É estranho que só agora, quando faço denúncias contra o atual governo, é que resolvem realizar essa operação. Em política não existem coincidências”, argumentou.

Leia o posicionamento na íntegra de Marconi Perillo:

“Mesmo esperando uma reação aos meus vídeos de denúncias por parte do grupo comandado por Caiado e que hoje domina Goiás e suas instituições, não imaginava que eles, mais uma vez, ousassem usar o poder do Estado para me perseguir, constranger e tentar calar. 

Já fui vítima de outras armações e “operações” encomendadas, quando todos os meus sigilos e de minha família foram devassados, na mais profunda investigação contra um político em Goiás. Inclusive, essa armação foi duramente repreendida pelo STF.

Eles sabem da minha inocência e idoneidade. Não encontraram e não encontrarão nada contra mim. Nunca fiz o que narram. Só se fabricarem. Criarem factoides. Mas agora extrapolaram todos os limites e com extrema crueldade. Estão fazendo uma operação por supostos “fatos” acontecidos há 13 anos. É estranho  que só agora, quando faço denúncias contra o atual governo, é que resolvem realizar essa operação. Em política não existem coincidências . Não tem um único centavo em minhas contas e de minha família que não seja oriundo do meu trabalho e declarado no Imposto de Renda. Estão tentando criminalizar movimentações lícitas e legais e todas declaradas aos órgãos competentes. Isso é um absurdo!

Eu repudio veementemente a inclusão do meu nome nessa “operação”! Estão criando uma cortina de fumaça para não irem atrás de minhas denúncias e investigarem quem deveria ser investigado hoje em Goiás. Enquanto fazem mais um circo para me constranger, o Estádio Serra Dourada foi vendido por apenas R$ 10 milhões; o CORA vai custar o absurdo de R$ 2,4 bilhões e o Caiado ameaça a mim e minha família quando manda recado para ROTAM responder os meus questionamentos políticos, os mesmos que estão sendo investigados pela morte de Fábio Escobar, em Anápolis.

Não se iluda Caiado. Você não vai me calar! A hora daqueles que me perseguem vai chegar“.


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