Após críticas, Galípolo vai às redes defender nova regra do Pix

Segundo o presidente do BC, a atualização tem como objetivo aumentar a segurança do meio de pagamento instantâneo, ao excluir chaves de pessoas físicas e empresas cuja situação não esteja regular na Receita

08/03/2025 06h38 - Atualizado há 3 dias
Após críticas, Galípolo vai às redes defender nova regra do Pix
Galípolo: "O objetivo dessa atualização é aumentar a segurança do Pix, proteger você de golpistas e combater o crime organizado" - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foi às redes sociais da autoridade monetária para defender as mudanças no Regulamento do Pix, que visa aprimorar a segurança do meio de pagamento instantâneo. A alteração determina que chaves de pessoas físicas e de empresas cuja situação não esteja regular na Receita Federal sejam excluídas.

"O objetivo dessa atualização é aumentar a segurança do Pix, proteger você de golpistas e combater o crime organizado", disse em vídeo publicado na noite de quinta-feira (6/3). A inconformidade que restringirá o uso do Pix não tem relação com o pagamento de tributos, conforme destacou.

De acordo com a autarquia, cerca de 8 milhões de chaves com situação irregular poderão ser suspensas. Foram listadas quatro situações em que a chave Pix não poderá mais ser usada: no caso de CPFs com situação cadastral “suspensa”, “cancelada”, “titular falecido” e “nula”, e de CNPJs com situação cadastral “suspensa”, “inapta”, “baixada” e “nula”.

Segundo o BC, com as novas medidas, será mais difícil para os golpistas manterem chaves Pix com nomes diferentes daqueles armazenados nas bases da Receita Federal. O principal motivador das suspensões mapeadas são problemas de grafia e desconformidade do nome vinculado ao CPF, justifica.

Outra situação, é quando a pessoa usa uma chave Pix com o nome diferente do cadastrado na Receita para facilitar um golpe. Fraudadores exploram CPFs e CNPJs irregulares para criar contas laranjas e movimentar dinheiro de forma ilícita, dificultando o rastreamento das transações.

Esses golpes são praticados mediante o uso de documentos falsos para cadastro de chaves Pix e apropriação indevida de chaves vinculadas, em especial contas de e-mails e chaves aleatórias — sequencia numérica que não identifica os dados do usuário.

Só deverão ser excluídas as chaves que tiverem evidência de fraude. Há duas situações em que a chave Pix poderá ser usada: situação regular, quando o cadastro não tem pendência, ou pendente de regularização.

Os bancos terão um prazo de cerca de 30 dias para iniciar as adequações e o BC poderá aplicar multas de até R$ 50 mil a instituições que não cumprirem as normas.


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