Servidores da Educação de Aparecida entram em greve nesta terça (29)

Em nota, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia afirmou que herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões da gestão anterior

29/04/2025 08h17 - Atualizado há 12 horas
Servidores da Educação de Aparecida entram em greve nesta terça (29)
Aparecida de Goiânia: servidores da educação deflagram greve a partir desta terça-feira (29) (Foto: Divulgação)

Servidores da rede municipal de educação em Aparecida de Goiânia decidiram deflagrar uma greve que vai começar nesta terça-feira (29). Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), a deputada estadual Bia de Lima (PT), a decisão ocorreu de forma colegiada por meio de assembleia após tentativas frustradas de negociações junto à Prefeitura. O Poder Municipal, entretanto, alega dificuldades financeiras e diz que tem mantido o pagamento em dia da folha salarial dos servidores.

Na mesa, os servidores reivindicam demandas importantes, como pagamento do piso salarial nacional dos professores e a regularização de progressões e titularidades de administrativos da rede. Conforme o Sintego, cerca de 1.400 servidores administrativos e 1.500 professores aguardam a atualização de seus vencimentos.

O sindicato pontua que a Prefeitura não apresentou nenhuma proposta concreta para o pagamento retroativo referente aos meses de janeiro a abril. A entidade propôs o pagamento escalonado dos valores em atraso, a partir de julho, mas a sugestão não foi acatada. A greve na Educação de Aparecida, então, foi deflagrada.

Ao Mais Goiás, Bia de Lima, afirmou que a rodada de negociações mais recente, realizada nesta segunda-feira (28), terminou sem avanços. Segundo a presidente, a administração se limitou a ouvir as reivindicações sem apresentar alternativas. “Infelizmente, não trouxeram nenhuma proposta nova. Apenas sentaram à mesa, mas não encaminharam solução”, declarou. Por isso, a tendência é que a greve tanto dos professores como dos trabalhadores administrativos se consolide.

Ela também não esconde a expectativa de ter um encontro direto com o prefeito Leandro Vilela (MDB). De acordo com Bia, até o momento, as tratativas foram feitas com a secretária de Educação do município, Núbia Farias, e o procurador-Geral do Município, Fábio Camargo. “Acredito que, com uma conversa direta com o prefeito, as coisas possam andar”, destaca.

Em nota, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia afirmou que herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões da gestão anterior e, apesar do cenário de dificuldades financeiras, mantém o pagamento dos salários dos servidores rigorosamente em dia. A administração informou que propôs pagar o novo piso nacional a partir de maio e estudar formas de viabilizar o pagamento retroativo. O município reforçou ainda o compromisso com o diálogo e disse buscar soluções que respeitem os limites orçamentários e os direitos dos servidores da Educação.

Leia a nota na íntegra:

“A atual gestão da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que assumiu o município em janeiro de 2025, herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões. Mesmo diante das dificuldades financeiras, a administração já quitou R$ 58 milhões em débitos da folha de pagamento referente a dezembro de 2024, deixados pela gestão anterior. Além disso, a atual gestão mantém o salário dos servidores rigorosamente em dia, efetuando o pagamento dentro do mês trabalhado.

Diante dessa realidade financeira, a Prefeitura, por meio das secretarias de Educação, Administração, Fazenda e Procuradoria Geral do Município, mantém diálogo constante com a categoria para, com responsabilidade e transparência, tratar da questão do Piso Nacional dos Professores.

Como parte do esforço de valorização dos servidores da educação, a administração municipal apresentou, na última sexta-feira, 25 de abril, uma proposta à categoria: pagar o novo valor do piso nacional a partir de maio e estudar uma forma de viabilizar o pagamento do retroativo referente aos primeiros quatro meses do ano.

Nesta segunda-feira, 27 de abril, foi realizada nova reunião entre a Prefeitura e o Sintego. A proposta apresentada pela gestão municipal não foi aceita pela categoria. Mesmo assim, a administração municipal reafirma seu compromisso com o diálogo e transparência, buscando soluções que respeitem os limites orçamentários do município e garantam os direitos dos servidores da educação.“


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