20/07/2018 às 07h44min - Atualizada em 20/07/2018 às 07h44min

Preso pela polícia, caseiro conta ao JBr. por que matou professor do DF

"Eu penso em tirar minha própria vida porque não acho justo o Rubens morto e eu vivo aqui", revelou o homem

Jbr
O caseiro Antônio Barbosa de Alencar, 36 anos, confessou à polícia ter matado o professor e advogado Rubens Guedes Memória, 55 anos, patrão dele. Ele alega tê-lo matado por conta de um desentendimento ocorrido na madrugada de segunda-feira (16). Rubens foi encontrado morto em sua fazenda, localizada em Cristalina (GO), na manhã seguinte.

Preso em Jataí (GO) e levado à delegacia de Luziânia (GO), acusado revelou ao 
Jornal de Brasília como tudo aconteceu. “Ele chegou de madrugada, por volta da 1h, querendo a chave da casa, meio nervoso. Logo eu disse que não era obrigado a ficar esperando até de madrugada, e que se não estivesse satisfeito com o meu trabalho eu não podia fazer nada. Virei as costas e saí”.
 

Nesse momento, segundo a versão do caseiro, Rubens teria puxado o funcionário pela camisa. Foi aí que eles teriam entrado em luta corporal. “Ele veio pra cima de mim, eu fui para cima dele, e começamos a brigar. Tinha um machado perto, que resolvi pegar para assustar, e não para matar. Dei um golpe nele e saí correndo”, detalha.

Em seguida, a vítima teria corrido em direção a Antônio, que, não satisfeito, teria desferido mais um golpe de machado contra o servidor. “Ele saiu correndo e caiu no meio da estrada, num monte de pedras. Eu vi que ele ainda estava vivo, mas peguei o carro dele, alguns pertences pessoais, e fugi”, conta.

Fuga até Jataí

Segundo o delegado da Polícia Civil de Goiás, Danillo Martins Ferreira, Antônio foi encontrado em Jataí (GO), a 500 km do local do crime. Ele tentou se hospedar em um hotel, mas os funcionários desconfiaram e acionaram a polícia. “A intenção dele era ir para Campo Grande (MS), onde provavelmente iria se esconder na casa de familiares”, explica. O caseiro estava no veículo da vítima.

O confesso diz que está arrependido de ter cometido o crime e que o fez por legítima defesa. “Nunca tive problemas com ninguém, nem passagem por crime assim. Eu penso em tirar minha própria vida porque não acho justo o Rubens morto e eu vivo aqui. Eu me arrependo”, finaliza.

Segundo a Polícia Civil de Goiás, Antônio vai responder por homicídio e pela subtração do veículo.


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