O PSL do presidente eleito Jair Bolsonaro acaba de ganhar um novo defensor – ao menos na teoria. Quem está engrossando as fileiras dos pselistas é Paulo Goyaz. Na noite desta segunda, 17, ele refutou as críticas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, à perspectiva de o partido que assume o Poder em janeiro receber, no próximo ano, mais de 100 milhões de reais do Fundo Partidário.
– É a lei. A legenda teve uma votação expressiva, formando a segunda maior bancada no Congresso Nacional. É estranho o ministro fazer essa condenação agora, quando em anos anteriores, outros partidos, como PT, MDB e PSDB, encheram seus cofres e não foram alvos de críticas”, disse o advogado.
Acostumado a circular livremente nos corredores dos mais altos Poderes da República, Paulo Goyaz foi enfático: “O PSL obteve nas urnas o dinheiro ao recurso, mesmo não tendo recurso ou horário de rádio e televisão e quebrou o paradigma criado pela lei para viabilizar somente os grandes partidos”, pontuou.
Porém, para Paulo Goyaz, não se pode comparar um partido político com uma empresa, como procurou mostrar o ministro. “O critério (para ter recursos do Fundo Partidário) é a votação da legenda. E conseguir votos não é tarefa fácil como possa parecer”, reagiu o advogado. E concluiu, categórico: “todos os partidos disputaram o pleito para obter o direito ao recurso do fundo. Portanto é devido e legítimo. E olha que o PSL nem teve tempo de televisão…”As críticas de Alexandre de Moraes foram feitas horas antes, em palestra a empresários de São Paulo. O ministro cobrou “uma reforma política séria”, que acabe, segundo ele, com a ideia de que partido político é um negocio lucrativo. Para sustentar sua posição, Moraes salientou que poucas empresas no Brasil faturam 100 milhões em um exercício financeiro.