Os denunciados são integrantes da organização social do instituto, que administra outras unidades de saúde pelo país. Doze membros do grupo foram alvos de sete mandados de prisão e 14, de busca e apreensão.
Conforme apurado pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), os acusados teriam desviado mais de R$ 9,1 milhões dos cofres públicos do Governo do Rio de Janeiro.
Segundo a denúncia, o Instituto dos Lagos Rio teve empenhados em seu favor R$ 649 milhões entre os anos de 2012 e 2019, para a gestão de unidades de saúde do Rio de Janeiro.
“Comprovadamente desviaram parte substancial dos valores. A organização social sequer dispunha de aptidão para assinar contratos de gestão com o Estado, mas forjou sua capacitação técnica graças a obtenção de atestados técnicos falsos”, defendeu o MPRJ.
Ainda conforme o órgão, o desvio de dinheiro público ocorria por meio de pagamentos de valores superfaturados em favor de sociedades empresariais, sob o pretexto da aquisição de produtos ou terceirização de serviços necessários ao atendimento das unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais administrados pelo Instituto Lagos Rio.
A ação narra que as contratações de serviços e as aquisições eram direcionadas para empresas pré-selecionadas, controladas ou previamente ajustadas para o esquema.
Após a operação carioca, o Ministério Público de Goiás também decidiu abrir inquérito para apurar a contratação emergencial do grupo para gestão do Hospital de Campanha de Águas Lindas.