Goiânia – A mulher presa por suspeita de mandar matar o marido, dono de um cartório em Goiás, foi para a igreja com os filhos no mesmo horário do crime. A vítima foi sequestrada por seus executores na residência do casal e assassinada em seguida, na noite da última terça-feira (28/12).
Dois bandidos abordaram Luiz dentro de casa, onde ele estava sozinho estudando para um concurso. Os executores o amordaçaram e amarraram as mãos dele com uma abraçadeira de nylon. O dono do cartório foi levado para o canavial na própria caminhonete, uma Hilux SW4 branca.
Enquanto o crime acontecia, a esposa da vítima, Alyssa Chaves Carvalho, de 33 anos, estava com os três filhos em uma igreja. Polícia afirmou que ela usou a ida ao templo religioso como álibi.
“A mãe nunca se direcionava para igreja e, justo na terça-feira, que ele teria o curso da segunda fase de um concurso, ela contou essa história, para ter uma cobertura dessa empreitada criminosa”, defendeu o delegado Marcos Adorno, que investiga o caso.
Presos
As Polícias Civil e Militar de Goiás prenderam quatro suspeitos de participar do assassinato: a esposa da vítima, dois executores de 23 e 21 anos, e uma pessoa da família que teria arrumado a pistola usada no homicídio.
Segundo a investigação, o objetivo de Alyssa era matar o marido e ficar com o valor do seguro de vida que o casal pagava há quatro anos e tinha renovado recentemente.
O judiciário determinou a prisão temporária de Luzimar Francisco Neves, que é suspeito de ter contratado os matadores. A polícia ainda suspeita de um sexto participante do grupo criminosa, uma mulher que teria relação extraconjugal com Alyssa. A suspeita é que ela ajudou a planejar o crime, segundo o delegado.
História interrompida
Luiz Fernando nasceu em Trindade e era titular do cartório de registro de imóveis de Rubiataba, pequena cidade de 20 mil habitantes.
Ele se casou com Alyssa em 2012 e o casal teve três filhos, sendo uma menina de cinco anos de idade e um casal de gêmeos de três anos. Funcionários que trabalhavam na residência do casal relataram para a polícia que os dois tinham brigas pontuais.
Os documentos das prisões em flagrante estão disponíveis no sistema do Tribunal de Justiça de Goiás, mas estão em segredo de justiça.