26/07/2023 às 06h26min - Atualizada em 26/07/2023 às 06h26min

Caiado critica invasão do MST em fazenda de Hidrolândia: “Fomenta a desordem”

A desapropriação foi motivada pela descoberta de um esquema criminoso que envolvia o tráfico e a exploração internacional de mulheres

​Movimento foi liderado por 600 mulheres do Movimento Sem Terra | Foto: Reprodução/MST

O governador Ronaldo Caiado (UB) se manifestou pelo Twitter sobre a invasão de uma fazenda no município de Hidrolândia, a 36 quilômetros de Goiânia. Segundo ele, o modo como a terra – pertencente ao governo federal – foi ocupada não resolve o problema da reforma agrária, mas somente “fomenta a desordem”. O mandatário ainda manifestou surpresa pelo fato de, segundo ele, a invasão ter sido autorizada pelo Instituto Nacional de colonização e reforma agrária (Incra).

O grupo liderado por 600 mulheres do Movimento Sem Terra (MST) já havia invadido a propriedade em março deste ano, nessa ocasião ainda sem a autorização do Incra. A terra foi desapropriada após investigação sobre utilização da mesma para tráfico de internacional de mulheres.

O governador lembrou a primeira tentativa de invasão da propriedade em março deste ano, quando o movimento foi desarticulado pelas forças de segurança do Estado. “Agora, por incrível que pareça, a invasão foi autorizada e, como se trata de uma área de propriedade do Incra, do Governo Federal, não há o que fazer”, disse.

Entretanto, faço questão de informar que as áreas públicas e particulares no Estado de Goiás não sofrerão invasão. Em Goiás, continuará prevalecendo a ordem e o princípio do direito à propriedade privada.
Ronaldo Caiado

A desapropriação foi motivada pela descoberta de um esquema criminoso que envolvia o tráfico e a exploração internacional de mulheres. De acordo com as investigações da Polícia Federal, o local era utilizado para aprisionar mulheres que seriam traficadas para a Suíça, onde seriam submetidas à exploração sexual.

Para Caiado, “invasões como essa autorizada pelo Incra e o Governo Federal não resolvem o problema, não asseguram renda digna às famílias que lá estão […] Servem muito mais para fomentar a desordem”.
Ele pontuou que a reforma agrária tem que ser feita dentro da lei “com um planejamento que permita às famílias assentadas produzirem com qualidade, garantindo assim seu sustento”.


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