De acordo com o delegado, o homicídio do gerente de restaurante na Jamel Cecílio foi executado por R$ 300.

Imagem de câmeras

Segundo a polícia, um casal proprietário de um restaurante conhecido no Setor Marista, em Goiânia, teria repassado a quantia de trezentos reais a um morador em situação de rua, que, na madrugada do último dia 20, cometeu um homicídio a facadas contra Francisco Jeferson Xavier Silva, de 40 anos. O dono do estabelecimento, identificado apenas pelo primeiro nome, Patrick, foi detido junto com sua esposa no último sábado (23). Ele alegou estar surpreso com o assassinato, afirmando ter solicitado ao morador em situação de rua que aplicasse apenas um "corretivo" em seu ex-gerente.

A investigação policial identificou os suspeitos de encomendar o crime com base em imagens que mostram Patrick e sua esposa conversando, durante a madrugada, com dois homens em uma distribuidora de bebidas. Posteriormente, os quatro saíram juntos em uma caminhonete pertencente ao casal. Logo depois, o veículo foi registrado em um posto de combustíveis na avenida Jamel Cecílio, no Jardim Goiás.

No local, Patrick e um dos homens que ele havia levado foram vistos conversando dentro da loja de conveniência do posto. Imagens também mostram que, alguns minutos após a partida do empresário, os dois homens encontraram Francisco Jeferson no pátio do posto. Pouco tempo depois, o gerente, ferido por uma facada, correu até uma farmácia nas proximidades e caiu morto na entrada. As imagens revelam que o ataque ocorreu em frente a uma concessionária de veículos, localizada entre o posto de gasolina e a farmácia.

A polícia identificou e prendeu um dos homens que estavam com a vítima, enquanto o outro se apresentou à delegacia. O autor das facadas, Gabriel, confessou o crime, alegando que a situação saiu do controle, mas não soube justificar o motivo do assassinato. Foi revelado que Patrick estava irritado com Francisco Jeferson por este ter formado um grupo com ex-funcionários para entrar com ações legais contra ele, e desde então, passou a ameaçá-lo.

Gabriel, que está sob custódia preventiva, declarou em depoimento que Patrick prometeu pagar-lhe R$ 500 para agredir o ex-funcionário, mas ele recebeu apenas R$ 300, com a promessa dos R$ 200 restantes a serem pagos no dia seguinte, o que não aconteceu. O segundo homem, identificado apenas como Evans, também teria sido contratado pelo proprietário do restaurante para atacar a vítima, mas após prestar depoimento, foi liberado pela polícia.

A defesa de Patrick afirmou que o empresário é inocente e que havia pago apenas para que o morador em situação de rua aplicasse uma repreensão em Francisco Jeferson, que, após menos de um mês de emprego, estaria o ameaçando. No entanto, a polícia recebeu informações de que vários outros funcionários também teriam sido ameaçados por Patrick. O inquérito está em andamento, e a polícia planeja indiciar Patrick, sua esposa, que estava constantemente presente e transferiu o dinheiro para o assassino, bem como os dois executores por homicídio.