28/09/2023 às 05h53min - Atualizada em 28/09/2023 às 05h53min

A Equatorial afirma que a infraestrutura elétrica em Goiás está em um estado de degradação significativo.

Dessa forma, a empresa informa ter alocado recursos da ordem de R$ 1,3 bilhão em investimentos.

CSM
​Linhas de transmissão de energia, energia elétrica. Foto: Agência Brasil

As frequentes interrupções no fornecimento de energia em Goiás resultam de um histórico de pelo menos duas décadas de negligência em investimentos no setor do estado. Essa análise é compartilhada tanto pela própria Equatorial, a concessionária responsável pela distribuição, quanto por especialistas consultados pelo Mais Goiás.

Na manhã desta quarta-feira (27), o presidente da empresa, Lener Jayme, afirmou que a Equatorial encontrou uma infraestrutura em Goiás, desde que assumiu as operações no estado, em um estado de degradação acentuada, devido à falta de investimentos.

Ele também destacou um aumento de quase 7% na demanda por energia em todo o país, impulsionado pelo calor extremo. Em Goiás, algumas regiões chegaram a registrar um aumento superior a 16%, o que ele considerou fora do comum. Isso, juntamente com uma rede já degradada e sobrecarregada, resulta nas frequentes interrupções.

De acordo com o presidente, as empresas transmissoras de energia no estado também enfrentaram problemas, principalmente na capital e no Sul de Goiás. Adicionalmente, existem questões relacionadas às redes internas de condomínios que não estão preparadas para o novo padrão de consumo, o que acaba contribuindo para as quedas de energia.

Para enfrentar esse cenário, a empresa investiu aproximadamente R$ 1,3 bilhão e planeja continuar investindo nos próximos anos. A melhoria, no entanto, será gradual.

O engenheiro eletricista e presidente da Associação Brasileira dos Consumidores de Energia Elétrica (Asceel), Augusto Francisco da Silva, atribui as interrupções de energia elétrica no estado à falta de investimento e manutenção, que deixam o sistema de distribuição sobrecarregado e seriamente prejudicado.

A advogada especialista em Direito de Energia e vice-presidente da Comissão de Energia da OAB/GO, Thawane Larissa, também destaca a falta de investimento na rede e a manutenção inadequada como principais problemas. Ela ressalta que o problema não é recente e persiste desde a época da Celg, sem uma solução efetiva ao longo dos anos. Isso tem afetado diretamente os consumidores, causando interrupções frequentes que afetam empresas, escolas e residências.

Em resumo, as constantes quedas de energia em Goiás têm raízes em décadas de falta de investimento e manutenção inadequada na infraestrutura elétrica do estado, um problema que afeta significativamente a qualidade do serviço prestado aos consumidores.

CSM, com informações da Agência Brasil


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