22/08/2024 às 07h57min - Atualizada em 22/08/2024 às 07h57min

Aparecida de Goiânia lidera casos de Mpox em Goiás

Município registrou cinco casos contra quatro em Goiânia

​Aparecida de Goiânia lidera casos de Mpox em Goiás (Foto: Débora F. Barreto-Vieira - Fiocruz)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás confirmou, na última sexta-feira (16), que o Estado já teve 12 casos de monkeypox (Mpox) em 2024. Aparecida lidera com cinco confirmações, contra quatro, em Goiânia, conforme repassado a imprensa, nesta quarta-feira (21).

Ainda segundo a pasta, os seguintes municípios tiveram um caso confirmado cada: Goianápolis, Anápolis e Águas Lindas de Goiás.

O portal procurou as duas prefeituras com maior número de casos para saber quais são as medidas tomadas. A secretaria de Saúde da capital informou que os casos “foram do início do ano e Goiânia ainda não identificou a nova cepa. Portanto, após o alerta da OPAS, não houve casos positivos”.

Em relação as medidas adotadas, a pasta enumerou:

•             Todas as unidades de saúde estão preparadas para o atendimento dos casos e é feito o monitoramento e acompanhamento de todos os pacientes notificamos ( suspeitos ou confirmados);
•             Aalém disso, há unidades referências para a realização da coleta de exame em todos os distritos (12 unidades de urgência e emergência);
•             ⁠Realizado orientações referente a medidas de prevenção e controle para os notificados.

Aparecida, por meio da pasta de Saúde, disse que existem, atualmente, dois casos suspeitos de monkeypox em investigação no município, sem nenhum caso confirmado/ativo neste momento. Ressalta que a notificação de casos da doença é obrigatória e que a SMS mantém vigilância constante sobre a circulação do vírus na cidade. “Neste ano, até o momento, foram notificados 23 casos, dos quais 16 foram descartados, 5 confirmados e curados e 2 estão em investigação.”

Mpox em Goiás
A SES-GO também informou que tiveram, até o momento, 84 notificações, mas nenhum óbito – as localidades não foram reveladas. A pasta destaca que, apesar dos casos, não há um surto da doença em Goiás, com os casos sendo esporádicos e sem conexão entre si. Em 2023, foram 101 casos confirmados de um total de 348 notificações, também sem mortes.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, explica que a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) para a doença devido à identificação, na África, de uma nova variante, uma mutação do vírus original da mpox, que tem se apresentado mais letal e transmissível. Os casos verificados no estado não têm relação com essa nova variante.

Amorim garante que Goiás possui capacidade para realizar exames e fazer a identificação precoce dos casos. No estado, a unidade de referência para a realização de exames de monkeypox é o Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). “Precisamos estar vigilantes com os casos que aparecerem, apresentando sinais e sintomas da doença”, diz.

Sintomas e tratamento
Anteriormente conhecida como varíola dos macacos, a Mpox é causada pelo vírus monkeypox. A doença é caracterizada por sintomas como:
•             cansaço
•             febre
•             calafrios
•             dor de cabeça
•             dor no corpo
•             além de bolhas ou feridas na pele.

Embora não exista um tratamento específico para a infecção, o foco do atendimento médico é no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações.

A transmissão da mpox ocorre principalmente através do contato direto com feridas ou bolhas na pele de pessoas infectadas, ou por meio de gotículas respiratórias. O vírus também pode ser transmitido pelo compartilhamento de objetos usados por indivíduos contaminados. Embora não haja confirmação científica de que o vírus seja transmitido sexualmente através de sêmen ou fluidos vaginais, o contato direto com lesões durante a atividade sexual pode resultar em contágio.


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