09/07/2022 às 06h59min - Atualizada em 09/07/2022 às 06h59min

Bolsonaro critica Fachin e diz que ele "já sabe o resultado das eleições"

Presidente reagiu à fala do ministro Edson Fachin de que Brasil pode viver momentos mais violentos do que a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos

O presidente disse ainda que "ninguém quer invadir nada", que é necessário "saber o que fazer antes das eleições" - (crédito: Reprodução/Facebook/@JairBolsonaro (7/7/2022)) 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu ao comentário do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o Brasil pode viver episódio ainda mais grave do que a invasão do Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro do ano passado. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, nesta quinta-feira (7/7), o chefe do Executivo acusou o magistrado de atuar com viés ideológico.
 
"Não entendo o que o Fachin vai fazer fora do Brasil dizendo que podemos ter um 6 de janeiro ainda pior. Se ele fala isso, é que ele tem a certeza que o candidato dele, que ele tirou da cadeia, o Lula, vai ganhar. Ele tem certeza. Como ele tem essa certeza, se tem muita água pela frente ainda?", distorceu.
 
O presidente disse ainda que “ninguém quer invadir nada", que é necessário "saber o que fazer antes das eleições". Ele afirmou também que pretende marcar uma conversa com todos os embaixadores do Brasil sobre um powerpoint para insistir — sem provas — de que houve fraude nas eleições de 2014, 2018 e 2020.
 
A declaração de Fachin ocorreu durante palestra no Wilson Center, organizada pelo Brazil Institute, em Washington, capital dos Estados Unidos, na última quarta-feira (6/7). “O que se tem dito no Brasil é sobre a ocorrência de um episódio ainda mais agravado do que 6 de janeiro daqui [dos EUA] do Capitólio”, disse no evento.
 
Segundo o ministro, os tribunais estão preparados para reagir diante de cenários extremos.
“O Judiciário brasileiro não vai se vergar a quem quer que seja”. Declarou, ainda, que a sociedade “precisa armar-se do seu voto, da consciência política, da solidariedade, do sentimento de justiça, da coexistencialidade”. “Cada uma das instituições brasileiras precisa cumprir o seu papel nos limites que a Constituição atribui”, disse.


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